Brazilian Maple
Tudo sobre madeiras para baterias
O quanto você sabe sobre a madeira da sua bateria?
Você saberia diferenciar uma bateria de Maple (Plátano) de uma de Mogno?
Saberia dizer qual madeira é boa pra qual ocasião? Deveria saber, pois
nosso instrumento é singular nesse sentido. O corpo da bateria e a sua
composição ditam a sonoridade total a ser conquistada. Madeira com
densidade alta, madeiras boas para se obter grave melodioso; tudo isso
deveria ser pesquisado por nós, bateristas, já que somos apaixonados por
esse instrumento. Se você tem interesse em começar tal pesquisa, vai um post sobre a matéria. Vamos à uma breve lista de madeiras
comum utilizadas em baterias:
- Bétula (Birch)
- Plátano (Maple)
- Mogno
- Bapeva
- Cedro Rosa
- Copaíba
- Poplar
- Tília (Basswood)
Enquanto todas essas madeiras (e muitas outras, já que essas
apresentadas são as mais comuns) tem características próprias, muitos
concordam que dois tipos de madeira se destacam por serem perfeitas no
uso de baterias, tanto de estúdio quanto para apresentações. Essa
madeiras são o Birch e o Maple. Graves controlados, harmônicos sutis e
doces, afinação clara e precisa sempre. Esses dois tipos de madeiras são
consideradas perfeitas por serem... perfeitas, o que mais poderia ser? O Birch é conhecido mundialmente como a bateria para gravações.
Ficou muito popular na época das baterias "Recording Custom" da Yamaha,
no final dos anos 80 e começo dos 90. Todos os bateristas renomados de
Estúdio concordariam que um Recording Custom resolve qualquer problema
sonoro em uma sessão de gravação. As peles podem ser postas em qualquer
afinação, a bateria vem pronta para tocar.
O Birch é uma madeira levemente mais suave que o Maple, resultando
em um som mais pesado e com menos harmônicos. Sobre o Maple; é uma
madeira muito densa e bastante reverberante. O resultado é uma bateria
brilhante, presente e perfeita tanto para gravações quanto para
apresentações. Ao meu ver, o Maple é a madeira dos bateristas; por ser
eclética e ter sonoridade para todas as ocasiões, sem contar a
facilidade de afinação.
O Mogno é uma madeira com propriedades parecidas com o Maple.
Bastante densa e brilhante, porém com uma reverberação menor. Resultando
em uma bateria excessivamente brilhante e de afinação mais complicada.
Uma pele com abafadores seria indicada para baterias de Mogno. Ainda é
uma madeira muito boa para baterias, ganhando em beleza, harmônicos
bonitos e por ser robusta o suficiente para ser posta na estrada, em
turnês.
As madeiras mais comuns a baterias de nível iniciante e
intermediário, seriam o Basswood e o Poplar, duas madeiras com
caracteristicas quase idênticas, a maior diferença é a caracteristica
profunda do Basswood, deixando o som da bateria grave ao ponto de um tom
de 12" poder ser comparado a um surdo de 14"! Tenha sempre em mente que
graves melodiosos e graves absurdos NÃO são a mesma coisa! O Poplar tem
uma caracteristica básica e sem muitos atrativos.
Nossas madeiras também fazem bonito, e não perdem em nada para
madeiras gringas. Nosso arsenal conta com as madeiras Bapeva, Cedro Rosa
e Copaíba. Três madeiras bastante utilizadas por fabricantes da nossa
terra.
A Bapeva é mais conhecida por ser utilizada nas baterias RMV
Concept. Essa madeira foi uma ótima surpresa quando gravei com uma
dessas. Assim como fora dito pela RMV, a Bapeva fica entre o Birch e o
Maple, sendo chamado de Brazilian Maple lá fora. Se você procura uma
bateria com o melhor do Maple e ótimas caracteristicas do Birch, compre
uma bateria de Bapeva.
Copaíba é uma madeira surpreendente, em vários sentidos. A
incidência de graves é controlada, e seu brilho chega a ser quase
etéreo. É uma madeira de utilização espeficica, gigs de baixo volume e
tibres complexos.
O Cedro Rosa foi implementado recentemente na linha de baterias
Classic Wood Exotic da Adah. Eu possuo uma caixa de Cedro Rosa da Adah.
Escolha sua bateria com sabedoria. Pesquise sobre a madeira
implementada no kit que você possue ou que pensa em comprar. Afinal, é
SEU som! Tenha total controle e certeza do que você precisa e irá tirar
do instrumento. A bateria vai muito além de tocar a baqueta na pele e
fazer "TUM". Lembrem-se disso.
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